quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Anderson, o ‘detalhe’ que mudou a carreira de Mano... para muito melhor

A vida de Mano Menezes mudou bastante nos últimos oito anos. De técnico mal remunerado no Guarani de Venâncio Aires, ele passou a promessa no Caxias, virou realidade no Grêmio, ídolo no Corinthians e agora é o responsável por preparar a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2014. Mas o que teria sido do treinador se Anderson, convocado por ele para o amistoso desta quarta-feira, contra a França, em Paris, não tivesse anotado aquele gol na Batalha dos Aflitos, em 2005?
É verdade que o Grêmio retornaria à Série A no ano seguinte mesmo empatando com o Náutico, em Recife. Mas faltando 15 minutos para o fim do jogo, a equipe gaúcha estava com quatro jogadores a menos. Foi quando Anderson anotou o gol da vitória gremista por 1 a 0. O feito não só assegurou o clube tricolor na elite como deu o título da Série B. Vale lembrar também que o goleiro Galatto, hoje no Málaga, da Espanha, defendeu um pênalti quando o jogo ainda estava 0 a 0.
- Não só eu, mas todos os jogadores foram importantes naquele momento. O Lucas, que está na Seleção Brasileira com a gente, também. Se não fosse aquele jogo, talvez eu também não estivesse na Europa nesse momento. Por isso que temos de aproveitar todo instante. Qualquer detalhe pode mudar a vida. Faz parte – disse o meia Anderson, autor do gol que “salvou” Mano Menezes.
De certa forma, isso é realidade. Se Mano não conseguisse o acesso com o Grêmio, a diretoria não iria mantê-lo no cargo. Paulo Odone, presidente do clube à época e atualmente também, já declarou várias vezes isso. Coincidentemente, Odone é o chefe da delegação brasileira na França, para o amistoso desta quarta-feira.
Portanto, a Batalha dos Aflitos fez a trajetória de Mano Menezes mudar para melhor. Lá mesmo no Grêmio, dois anos depois, ele se destacou ao levar o time ao vice-campeonato da Libertadores. Foi então que resolveu assumir o Corinthians, recém rebaixado à segunda divisão. À época, ele tinha o Cruzeiro como opção. Mas apostou no projeto de reconstrução do Timão. E deu certo.
Campeão paulista e da Copa do Brasil em 2009, o treinador ganhou uma projeção nacional que ainda não tinha tido. E depois que Muricy Ramalho recusou o convite da CBF para assumir o lugar de Dunga, a Seleção Brasileira ficou em suas mãos.

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