– Pensei que tinha desperdiçado a oportunidade. Deus jogou uma corda de novo para eu segurar.
A frase acima é de Loco Abreu, responsável por duas cavadinhas contra o Fluminense, domingo passado. A primeira não entrou, a segunda sim. No fim, deu Botafogo por 3 a 2 e o estilo de batida manteve-se vantajoso. Porém, os goleiros estão mais atentos ao truque do camisa 13, que pode precisar tirá-lo da lista de loucuras. OLANCENET! procurou a torcida e especialistas para comentar sobre a cavadinha e no que depender das opiniões, o uruguaio vai precisar de muitas outras ajudas celestiais.
A maioria quer ver mais picaditas, nome pelo qual a cobrança é conhecida no Uruguai. Diante de tanta fama, a clássica cavadinha pode ganhar variações futuras, já que Abreu não perde a coragem.
– Você tem que fazer sem medo. No mínimo, vai aprender para a próxima vez. Tem que ter personalidade – disse o atacante ao Sportv.
A cavadinha acompanha Loco Abreu ao longo de toda sua carreira. No entanto, a batida quase sempre foi no centro da meta. Contra o Flu, a penalidade convertida acabou colocada no canto, uma técnica nova em jogos oficiais. Já nos treinos, El Loco tenta cavadinhas mais fortes e com mira bem próxima dos ângulos.
– Agora é experimentar diversas formas de colocar no gol – afirmou.
Para mais de 80% dos torcedores que votaram pelo LANCENET!, fica a alegria pela promessa de que vem mais. Como é a massa que faz de El Loco um ídolo e compra os produtos relacionados ao 13, a insanidade é bem-vinda. Prepare o coração, Joel.
– Ele vai melhorar a batida. Aconteceu o erro, mas isso não se repetirá, pois ele é maduro o suficiente para não falhar novamente. É emoção demais para mim – brincou o treinador.
Com a palavra
Djalminha - COMPANHEIRO DE LOCO NO LA CORUÑA
Loco aprendeu a cavadinha comigo
A história da cavadinha começou quando o Loco Abreu foi contratado pelo La Coruña na temporada 97/98. Com a saída do Luizão para o Vasco, e do Rivaldo, para o Barcelona, a nossa equipe necessitava de um jogador com as características do Loco Abreu.
Lembro bem que nós brincávamos nos treinamentos e, quando ele me viu fazendo a cavadinha no pênalti, ficou muito surpreso. Pediu umas orientações e dei as dicas, claro. O legal dele é que sempre foi um cara atencioso, descontraído e excelente companheiro, principalmente.
Talvez sejam estes fatores que façam com que ele tenha a confiança necessária do grupo para continuar dessa forma.
Sou um entusiasta de cobrar pênaltis assim. É irreverente, os goleiros ficam loucos de raiva.
Mas não quer dizer que seja um deboche. É apenas um jeito de diferente de fazer o gol.
Se o Abreu tem sangue frio, treina e consegue passar tranquilidade para os companheiros, não vejo por que ele mudar a sua postura. Acho que ele deve continuar fazendo a cavadinha, sempre sem menosprezar ninguém.
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